terça-feira, 7 de julho de 2009

O último show de Michael Jackson

Michael Jackson morreu. Do nada, no dia 25 de junho de 2009 numa mensagem não muito confiável do msn dizendo: site americano afirma a morte de michael jackson. Ou algo assim, o importante é que o antes Vai e vem em pequenos escândalos de pedofilia infantil Jackson agora, na hora da morte, amém, voltou a ser o rei do pop. Morto aos 50 anos por um ataque cardíaco assassino, Jackson virou atração imediata em todos os canais da televisão mundial. No Brasil, ficou mais tempo no ar do que a vitória corinthiana na copa do brasil, e olha que deu pra encher o saco de ver a mesma matéria sobre o corinthians, imagina o Jackson!
Especiais de reportagem, entrevistas com conhecidos, reprises de shows e trailers (tendo o melhor de todos os tempos, thriller em primeiro plano) lotaram a televisão brasileira para o famoso circo da morte. O verdadeiro circo da morte não tem arcos de fogo nem balas de canhão, mas carrega uma coroa de flores e um belo caixão no centro do picadeiro para o deleite da platéia mundial. Os sortudos, pois foram sorteados, acreditem, foram mesmo sorteados, com um ingresso para ir a um velório que não foi na terra do nunca (eram muitas pessoas pra se caber num local imaginario). Os que não foram sorteados, talvez um peter pan sortudo em não ter a sorte de ir, foram contemplados com o circo da morte na caixa mágica da sua sala de estar. Sim, você pode não ser convidado para sentar num ginásio e assistir a um velório, contudo o show da morte está a um clique de distância, ou a um globo de distância, se é que você me entende... record de audiência?
Pode apostar que sim, só daria mais público se fosse coberto por stripers e go go boys se matando num chão de lama entre o caixão, a coroa de flores e uma apresentadora a lá vampirella caminhando com um coro de meninos de 12 anos ao fundo (em homenagem ao morto).
Entretanto isso não é o mais interessante, o mais interessante é o óleo de peroba usado nas engrenagens da indústria de comunicação mundial. Ele é mais liso que bagre, ky, óleo de bebe
e o chão traquinas do meu banheiro depois do banho. É o fluído corporal da nossa época, só não me peça para dizer qual deles. Mas ele permite que você entre por todos os orifícios imaginados das opiniões e moralidades, sendo padre num dia e puta no outro, ou os dois em segundos diferentes, como se você fosse esquizóide de dupla personalidade ou tivesse um conflito sexual problemático. Chamaram David Bowe de o Camaleão do Rock, mas foi no pop que mudaram de cor e de direção.
Michael Jackson é o herói de thriller e o vilão de homem aranha, compare:



                    
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Deveriam ter feito um filme do spidey com o Jackson enquanto ele estava vivo, ia ser o terror da garotada. Mas ele morreu antes do filme sair, então o projeto teve de andar pra trás; talvez uma versão do sexto sentido ou de o grito ainda seja viavél, por equanto ficamos com o o último show do rei/camaleão do pop.
Afinal, como diria Jon Lajoie, Michael Jackson is dead, don't pretend you give a shit... etc.

RIP.